Canal do Anfitrião


Como uma “casa comum” virou um case de R$ 48 mil por mês

A virada de chave

Em um negócio com a sua oficina de martelinho de ouro, Mateus recebeu como parte do pagamento um casarão difícil de vender pelo preço que ele tinha feito o negócio anterior. Ele podia anunciar por R$ 3 mil de aluguel fixo e torcer, mas preferiu ousar: investiu R$ 1,2 milhão (R$ 650 mil na compra + R$ 500 mil em obra e mobília) para criar 10 mini-apartamentos. Em junho de 2025 a receita bateu R$ 48 mil – um retorno sobre bruto sobre o investimento de 3% a 4% no último mês

Insight: o ativo certo no formato errado é um passivo. A transformação de uso é onde mora o ganho exponencial.

Design que gera renda, não só beleza
Padronização inteligente

1. 4 studios térreos idênticos (com pequenas variações
2. 1 unidade maior com quarto e sala para até 4 pessoas
3. 3 lofts com cama suspensa
4. 1 loft “pé-direito alto” com varanda
5. 1 suíte premium com hidro

Mesma marcenaria, mesmos eletros, mesmo enxoval. Resultado: compras em escala, manutenção rápida e experiência homogênea para o hóspede.

Arquitetura de sensação

Mesmo com uma metragem quadrada pequena, mas com um pé direito alto, o truque de empilhar funções (cama no mezanino, sala abaixo) cria amplitude. Detalhes de madeira, quadros de balonismo e tons neutros transformam “espaço pequeno” em “refúgio de fim de semana”.

Insight: metragem não limita percepção de valor – criatividade sim.


Quando a tecnologia vira funcionário 24 horas

1. Fechaduras TTLock ligadas a hubs Wi-Fi; senha única que expira no checkout do hóspede após a estadia
2. Sistema que libera acesso somente após envio de documentos
3. Máquina de ozônio que zera odores entre uma hospedagem e outra
4. Precificação dinâmica que reage a eventos diversos na cidade (já vendemos diária a R$ 300 no interior!)

Com apenas duas funcionárias in loco, o Mateus cuida de enxoval e manutenção; eu gerencio anúncios, preços e atendimento 100 % on-line.

Insight: automação não é luxo – é o alicerce que permite escalar serviço sem inflar folha de pagamento.

A experiência do hóspede – o ativo invisível

1. Estadia mínima de 1 noite captura turistas de evento, e pessoas de passagem pela cidade que ficam por um período curtíssimo de tempo.
2. Cinzeiros e bancos externos redirecionam fumantes, preservando enxoval e harmonizando convivência.
3. Wi-Fi robusto e mesas de trabalho atendem nômades digitais que aparecem fora de temporada.

Hoje a Vilinha figura em 80 % dos resultados da primeira página do Airbnb em Boituva – mérito de avaliações 5 ⭐ e taxa de conversão alta.

Lições que você pode levar para o seu projeto

1. Teste antes de escalar – Mateus mobiliou 5 unidades, viu demanda, depois completou as 10.
2. Decore para o hóspede, não para o seu gosto. Busque coerência visual e durabilidade industrial.
3. Venda solução, não metragem. Cozinha completa e check-in 24 h vencem quarto de hotel.
4. Aceite erros rápidos. A primeira antena foi arrancada? Troque por modelo fixo e siga em frente.
5. Conte histórias. O nome “Vilinha” virou marca; hóspedes repetem na resenha e fortalecem SEO orgânico.

E agora?

O próximo passo é replicar o modelo em outra cidade. Se um imóvel num município de 50 mil habitantes pode gerar R$ 48 mil/mês, o que impede você de adaptar a ideia para o seu contexto?



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